O
vigor das tuas pernas me prendia.
Aquele
vermelho tão tímido
espiava
entre os teus lábios,
me
desafiando a abri-los
para
que tingisse a minha boca.
Meu
rosto tocou
a
escuridão de teus pêlos
se
espraiando em penumbra sobre a tua pele.
Em
minha língua,
o
cheiro ardente de teus segredos semiocultos
prenunciava
o sal de teus gemidos
a
se agitar.
Eu
revelava as tuas linhas pouco a pouco
enquanto
tu pulsavas no teu ritmo.
O
teu volume tangia a abertura
daquilo
que em mim é mais profundo.
A
tua voz confundiu-se ao meu silêncio
no
instante sem nome do sublime.
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